Review Fatmagul - Capítulo #83

E depois daquela surpresa e de um pedido emocionante de casamento... eis que um momento ainda mais emotivo, só que por outras razões, veio à tona. 


A novela é ótima, o casal Fatmagul & Kerim nos arranca suspiros e já contam com a torcida de todos que assistem a novela. No entanto, é bom termos em mente a história que envolve os nossos protagonistas. Fatmagul passou por um trauma enorme, inimaginável para a maioria das mulheres, mas com o qual conseguimos nos solidarizar pelo simples fato de sabermos o quanto é horrível ser violada num dos aspectos que temos de mais precioso: a intimidade.

Kerim, por sua vez, carrega uma culpa enorme. Embora ele não tenha violentado Fatmagul física e psicologicamente como os outros, estava lá, presenciou o fato e não fez nada para impedir. Não conseguiu. Estava dopado, tudo bem. E isso não faz dele um monstro. MAS... é uma culpa que não dá para esquecer facilmente.

Em resumo: esses dois personagens têm um fardo pesadíssimo para carregar. Nos últimos tempos, um tem ajudado o outro a levar isso, de modo que acabou se tornando um pouco menos pesado. Mas ainda está lá. E estará por muito tempo. Não se apaga algo tão ruim assim da noite para o dia, leva tempo... um longo tempo. E é preciso esforço para isso também. Fatmagul já deu um passo enorme que é a terapia que vem fazendo. Kerim, a medida que consegue se aproximar mais dela e lhe ganhar a confiança, ajudá-la a fazer coisas importantes para ela, vai se sentindo menos culpado e indigno dela. MAS... feridas não se fecham sem tempo e cuidado.

Ainda há dor e, se bobear, uma topada qualquer faz a ferida se abrir de novo e doer demais. Foi o que vimos ontem. Quando Fatmagul olhou para aquele vestido de noiva, escolhido por Kerim com todo carinho, é fato, a peça evocou um turbilhão de lembranças doces e amargas... ela um dia foi uma noiva cheia de sonhos e esperanças. Sonhava em se casar vestida de noiva, com um vestido branco. E ser feliz. Amada e cuidada. Porém, esse sonho foi esmagado por aquela noite trágica. A partir dali, ela sentiu-se roubada de sua inocência, da pureza de seu corpo (virgindade é só um dos elementos) e de seu coração.




A brancura daquele vestido contrastou na cabeça dela com a sujeira que emocionalmente sente tê-la tocado naquela noite. Um episódio desses marca demais. Dó demais. O fato de ela não ter dito sim de imediato à proposta de casamento de Kerim não significa que ela não quisesse aceitar. Significa que ela ainda não pode. Porque ainda não superou o que aquele acontecimento trágico lhe causou. Emocionalmente, ela não está pronta. Fisicamente também não.


Vai levar um tempo ainda para que essas marcas sejam amenizadas. E Kerim sabe disso. Ele a compreendeu. E deu um apoio intenso que somente ele poderia dar, pois só ele, que também viveu essa história trágica com ela, poderia entender essa dor. 


A compreensão de Kerim foi um ponto chave e essencial para o desenrolar do que virá. Ele não permitiu que Fatmagul se fechasse, ele a buscou - com suas palavras, com sua compreensão, ele a resgatou daquele lugar escuro e frio do emocional de Fatmagul que ainda a assombra e prometeu esperar pela hora certa, quando ela estiver pronta.

Ficou a esperança no ar. Nenhum dos dois desistiu. Eles vão, sim, se casar como deve ser. Um dia. Mais cedo ou mais tarde. Não importa. O que realmente importa é que agora eles estão juntos, apoiando-se mutuamente. E o que é um casamento de verdade senão isso? 




Ao chegarem em casa mais tarde, com Kerim carregando a enorme caixa do vestido de noiva, tivemos um momento hilário e um tantinho preocupante: quando Murat viu a caixa, ficou curisíssimo; a princípio pensou que fosse uma surpresa para ele, depois, quando o tio disse que se tratava de um presente de aniversário para Fatmagul, o menino pulou e avançou sobre a caixa com a curiosidade sem filtro de uma criança, mas exatamente como a mãe dele costuma fazer nas coisas alheias.


Um dos aspectos mais irritantes da Mukaddes é meter a mão no que não lhe pertence sem a menor cerimônia. Era de se esperar que sendo criado por ela e observando esse comportamento, Murat uma hora ou outra repetisse. Mesmo Rahmi sendo um bom pai, há coisas que, infelizmente, não dá para evitar, afinal, foram anos de educação by Muka.

O vestido quase caiu da caixa e foi o suficiente para que todos vissem que se tratava de um vestido de noiva. Fatmagul ficou sem graça, Kerim também, mas ele contornou muito bem a situação explicando ao sobrinho que, apesar de já serem casados, Fat ainda não se vestiu de noiva e isso vai acontecer um dia. 


"Um dia ela será a minha noiva."

Com um abraço efusivo, a sogra mais mãezona do mundo, Ebe Nine, reforçou o coro...

"Vai sim!"



Falando em Murat e tio Kerim, lá foram os dois no dia seguinte comprar um bolo de aniversário para a Fatinha. E enquanto os dois voltavam para casa, eis que Murat acaba contando ao tio que a mãe foi visitá-lo na escola no outro dia. 


Assim que chegaram em casa com o bolo-surpresa (é, o Kerim não deixou a Fatinha espiar, mas o Murat já contou do que é e até como é decorado) e teve uma oportunidade, Kerim disfarçou na cozinha e contou sobre a visita de Mukaddes ao sobrinho na escolinha.

Ebe Nine se encarregou, então, de levar Murat às aulas e armou o bote para flagrar a Mukaddes lá dentro, se encontrando com o menino. Até que Meryen foi bem compreensiva e deixou a Muka à vontade com o filho, esperando por ela do lado de fora para conversarem.

Como sempre, apronta todas e depois quer sair por cima, não vimos nada de novo na reação da Mukaddes quando a Ebe tentou abrir seus olhos para a burrada que ela fez deixando o certo pelo duvidoso (claro, a dona Muka nunca vai admitir que o Salih é um merda e ela fez um péssimo negócio trocando o Rahmi por ele). 

Enfim, Meryen tentou apelar para algum bom sentimento ou caráter que a Mukaddes tenha para aparecer no dia da audiência e testemunhar a favor de Fatmagul. Será que dá para esperar alguma coisa boa dessa mulher? Pelo visto, para Ebe Nine, a esperança é a última que morre.



Do outro lado, Kadir deixava mensagem no telefone de Asu, que agora atende por Hacer, seu verdadeiro nome, apelando também para os bons sentimentos que ela possa ter para não prejudicar Fatmagul no processo. 

Outro que deixou recado para ela foi o Mustafá, dizendo que está com saudade. Não caia nessa, hein, Hacer/Asu. Você já se livrou do encosto, não vai trazê-lo de volta pra sua vida.


E por falar em Mustafá, ele não perdeu tempo. Quando a danada da Meltem foi procurá-lo no apartamento dele, com a desculpa de se despedir pois ela está de partida para os EUA, a conversa dos dois logo deu no que já se previa que ia dar: na cama.


Se a Meltem só queria mesmo provar o material, ainda vai. Agora, se ela tem alguma esperança de o Mustafá levá-la a sério, vai quebrar a cara.


Vingança cancelada

Com Mustafá tendo alertado o pai da Meltem sobre os planos de Resat contra ele, deu tempo de Turaner reagir e comprar os documentos que seriam usados contra ele. A cara desconsolada do Resat foi de dar dó #sóquenão




Quem brinca com fogo, faz xixi na cama

E não é que o Vuralzinho fez mesmo? Vish que o pesadelo dessa vez foi tão real que ele acordou os colegas de cela com os gritos e ainda deu a oportunidade deles zoarem um pouquinho (MAIS!) a cara dele.


O rapaz atormentado aproveitou a visita do papai para dizer que não aguenta mais ficar ali preso, que vai acabar morrendo. Olha... talvez não seja tão má ideia, mas primeiro sofre mais um bocado aí na prisão.


Chantagem não!


Além da falência pairando sobre suas cabeças, o clã Yasaran ainda tem que conviver com o fantasma do processo que pode condenar definitivamente Selim e Erdogan por estupro. Aí, adeus o que ainda lhes resta: o sobrenome e a imagem. E depois de tudo que fizeram até aqui para deixar esse crime encoberto, é claro que não iam desistir no meio do caminho.

Não foi por outra razão que o Munir procurou o Kadir em seu escritório com uma proposta de acordo: eles pagariam uma boa quantia de indenização e Fatmagul desistiria do processo. Só que ele não contava com a astúcia de Kadir, que encarou essa proposta como o que realmente era: uma tentativa de chantagem e uma ameaça velada. 

A sorte de Fatmagul é que o Kadir tomou essa causa não só como uma questão profissional, mas de honra também. E ele está disposto a lutar para que a verdade e a justiça prevaleçam. Que assim seja!

Estraga-prazeres em ação

O gancho do final ficou por conta do Mustafá. Vimos que ele está preparando alguma coisa... 


...e como disse à Meltem na manhã seguinte ao trelelê dos dois, quando ela o viu diante do computador, que estava escolhendo um presente de aniversário para uma amiga, podemos imaginar que a encomenda que ele estava fazendo ao telefone e pedindo para ser entregue no local onde Fatmagul mora, só pode ser uma desagradável surpresa. Quando esse cara vai parar de infernizar? Palpite: quando ele bater as botas.

* Excepcionalmente nesta quarta-feira a Band não exibirá Fatmagul, mas na quinta-feira poderemos ver a continuação desse capítulo *


Créditos das fotos: @eflgomes @DaniloSEEMEHP @FatmagulBand 

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