Sila - 3ª semana

E nesta terceira semana de novela rolou primeiro beijo, rolou briga, babado, gritaria e muita confusão. Ufa! Vamos recapitular...

ACEITANDO SEU DESTINO

Sila decidiu aceitar que não podia mudar a situação e convidou Boran para se deitar com ela na cama, fazendo a audiência prender a respiração por alguns segundos. Porém, o Grande Aha, agindo com cavalheirismo, recusou a oferta e afirmou que só passaria a dividir o leito conjugal com Sila quando ela o quisesse de coração. Lindo, não?

Pois é, a Sila tirou a sorte grande com esse marido porque outro já teria consumado o matrimônio sem esperar que ela aceitasse, ainda mais em se tratando desses costumes bizarros de Mardin. Mas Boran confirmou que é um homem bom com essa atitude.

Infelizmente, Sila não deu sorte com o gatinho de estimação que arrumou, o pobre animalzinho acabou morrendo. Num ataque de choro, ela encontrou consolo em Boran e durante a conversa vimos mais um pouco do passado do galã e ficamos sabendo que depois do suicídio da primeira esposa, ele tentou o mesmo - tirar a própria vida - mas não conseguiu, o olhar triste de seu cavalo fez Boran desistir. E ele disse algo forte a Sila, falando de si mesmo, ainda que ela não tenha entendido:

Quando recebeu a visita do ex-pretendente, o Emre, Sila já não tinha mais o discurso desesperado da fuga, ao contrário, embora o rapaz tenha se oferecido para ajudá-la a escapar de Mardin e da prisão de seu casamento, Sila disse que não o faria, pois havia aceitado seu destino. Claro, depois de ver o irmão Azad quase morrer por levar um tiro em seu lugar, ela deve ter pesado muito as coisas.

Mas, sem saber o teor dessa conversa, quem não gostou nada de ver Sila e Emre tão próximos de papo e chamego foi o Boran, quase rolou fight! 

A raiva falou mais alto e o Aha mandou os seguranças atrás do cara de Istambul para dar uma lição nele - mas, quando Sila ouviu isso, interveio e acabou convencendo Boran, que voltou atrás e pediu aos seus homens que apenas o seguissem para saber se o sujeito estava indo embora de Mardin ou não.

Como o Emre ainda ficou por lá, o próprio Boran foi atrás dele para alertá-lo de que ali as coisas são diferentes e o aconselhou a deixar o povoado, ou, do contrário, até coisas que ele não gostaria que acontecessem poderiam acontecer com ele caso insistisse, afinal, Boran ali é rei, mas seus súditos por vezes agem de maneiras que nem ele pode controlar.

MEXENDO COM O CORAÇÃO DE SILA

A irmã de Boran, a Narin, sem querer deu um empurrãozinho para a Sila e o irmão. Ao contar toda a história do amor entre Boran e Yezda, a primeira esposa dele, Sila ficou bem enciumada ao saber que ele ainda mantém o quarto onde o casal dormia intocado, com todas as coisas da falecida, tudo trancado com chave.

Parece que nada atiça mais o interesse do que saber que se tem concorrência, não é? Pois foi assim que a Sila passou a agir, como se tivesse descoberto que tem uma rival... só que morta. E depois de ouvir de Narin que Boran havia prometido nunca mais chamar outra mulher de esposa, aí é que a mocinha ficou mexida mesmo - embora Narin tenha garantido que isso foi antes dela chegar à vida do irmão. 

Sila recolocou a aliança de casamento e passou a tentar chamar a atenção de Boran com pequenas atitudes. Primeiro, ela o chamou para um passeio noturno e lá foram os dois conversando e se conhecendo um pouquinho mais. Sila ficou sabendo, por exemplo, que Boran é estudado, esteve na cidade grande fazendo faculdade, mas interrompeu o curso antes de concluir para voltar à Mardin, segundo ele porque "foi preciso" #mistério

O DRAMA DE DILAN

Enquanto isso, vimos a irmãzinha mais nova de Sila, a Dilan, sofrer com os preconceitos e costumes arcaicos de onde vive. Ao vê-la conversando com um colega após as aulas, o pai dela, Celil, ficou possesso e acusou a menina de estar se oferecendo aos rapazes, vejam se pode! Então, num acesso de falta de lógica total, decidiu que a filha não voltaria mais à escola.

Querendo muito estudar e sendo uma menina inteligente, Dilan ficou arrasada, mas não houve quem fizesse seu pai repensar a decisão. A garota fugiu de casa e a Sila e o Boran, que passeavam juntos naquela noite, acabaram por encontrá-la, toda chorosa. Ao saber a razão da tristeza de Dilan, Sila interveio para ajudá-la e, ao ouvir da boca do próprio Aha que deveria deixar a filha caçula continuar estudando, o Celil não teve alternativa a não ser voltar atrás.

SILA SEDUZINDO BORAN

Depois de descobrir através da cunhada Narin algumas coisas que a falecida esposa de Boran fazia para agradá-lo, Sila resolveu repetir. Com uma camisola ousada vermelha, quando se deitaram para dormir - ela na cama, Boran no chão - começou a ler um trecho de seu livro de poesias (o mesmo onde ela guardou a rosa que ganhou de Boran da primeira vez que se viram). Foi surpreendente, para Sila e para nós, ver que ele não só conhecia a poesia como também recitou de cor um trecho dela.

Na manhã seguinte, quando despertou, Boran ficou encantado com os cabelos de Sila caindo para fora da cama e aproveitou que ela dormia para dar aquele cheirinho gostoso. 

Quando ela acordou, o livro caiu e a rosa de dentro dele. Boran pegou a flor seca e entregou a ela de volta.

"É a segunda vez que você me dá esta rosa"

MAL ENTENDIDO

As coisas pareciam ir bem entre Sila e Boran até ela ficar sabendo que uma moça da região, que estava sendo obrigada pela família a se casar com um homem que não queria, tentou fugir e foi morta. Pensando que Boran estava por trás dessa morte, Sila o acusou de ter sangue nas mãos.

Claro, ela não sabia a verdadeira história. Até que a criada Ayce contou: Boran, na verdade, tentou ajudar a moça na fuga, mas gente do clã a encontrou no caminho e, seguindo a regra da tradição, a matou.

Ao saber disso, Sila ficou sem graça. Por seu lado, Boran foi desabafar com o melhor amigo, o Abay, que deu uma boa sugestão para ele se acertar com a esposa: armar um jantar romântico fora de casa a fim de ficarem a sós e poderem conversar como se deve, sem interferências.

Boran seguiu a ideia à risca e mandou buscar Sila para encontrá-lo no terraço da empresa, onde uma noite romântica já estava toda armada. 

Ela ficou surpresa e aproveitou para pedir desculpas ao marido, ganhando um par de brincos de ouro de presente (que maridão, hein, Sila?!).

E os dois conversaram em paz, numa harmonia incrível, e beberam um pouquinho; no caso da Sila, um pouquinho demais! O suficiente para que ela ficasse altinha com direito a ser até carregada escada acima pelo Boran quando chegaram em casa.

Quando ele a colocou na cama, o clima que estava rolando durante toda a noite já estava mais do que palpável e, num gesto de coragem, Sila deu início a um beijo, sendo prontamente correspondida (apesar do Boran ter hesitado, a princípio, quando a imagem da esposa falecida lhe veio à cabeça, mas depois, não deu pra resistir).

O primeiro beijo do casal Soran

Os dois se envolveram no beijo e, quando a coisa começou a esquentar, o Boran deu pra trás, deixando a Sila com cara de tacho. Também, isso era jeito de dispensar a moça, Boran? Não precisava ir até os finalmentes, mas podia ter explicado que não queria que a primeira vez dos dois fosse assim, com Sila tendo bebido e tal... mas não! Com esses dois a comunicação sempre é truncada, daí que o resultado foi uma Sila enfurecida, se sentindo rejeitada e pensando besteira, achando que foi por causa da falecida Yezda que ele ainda não tirou da cabeça.

Enfim, Mariquinha Sila só abriu a porta do quarto depois para jogar as coisas do Boran para fora. Nem é preciso dizer que todo mundo na casa ouviu a confusão... e o Aha não aguentou, pegou o resto de sua dignidade e foi dormir na casa do amigo, Abay, sendo recebido pela irmã dele, uma moça que, só pelo olhar, deu para perceber que admira muuuuuito o Chefão do pedaço.

Bêbada e possessa, a Sila foi dar escândalo na porta do quarto da falecida do Boran, pedindo à Narin a chave para abrir o santuário. Mas a sogrona apareceu e cortou o barato falando umas verdades para Sila: não é agindo assim que ela vai conseguir tirar a Yezda do coração do Boran.

No dia seguinte, curtindo uma ressaquinha alcoólica e moral, a Sila percebeu as besteiras que disse e fez, mas ainda deu uma espiadinha pela janela do quarto da defuntinha e viu como ela era bonita (e rolou ciuminho básico).

PARENTE É SERPENTE

Antes de lidar com Boran depois da noite tempestuosa que tiveram, Sila teve que lidar com o primo Burhan e a esposa dele, que voltaram à casa da Senhora Aha com um discurso totalmente diferente, puxando o saco dela. Claro, ficaram sabendo que os tios deixaram toda a herança para Sila e nadinha para eles #Muahaha

Mas claro que a Sila não foi besta e não quis saber da falsa solidariedade dos parentes postiços. Mas, como pelas tradições de Mardin as visitas são uma espécie de bênção divina, os sogros a obrigaram a aturar a presença dos primos e até os convidaram para aquele chazinho turco.

Essas visitas estão mais para praga do que bênção

ATAQUE DE CIÚME

Quando Boran voltou para casa e foi tomar banho, Sila aproveitou a chance para pegar a penca de chaves dele e ir fuçar o quarto da falecida. Mas, ao sair do banho, ele percebeu que suas coisas tinham sido mexidas e deu pela falta justamente da chave do santuário de Yezda.

A audiência agradece #ui!

Boran foi direto para o quarto da falecida e deu de cara com Sila mexendo nas coisas da morta. Ele exigiu que ela largasse uma escova de cabelo e Sila o enfrentou.

"Não sou digna de pegar nas coisas dela?"

A discussão ficou acalorada! Sila atirando na cara de Boran que ele sim era o verdadeiro prisioneiro da história, e não ela, porque ele vivia refém das lembranças de uma pessoa morta. Mas Boran rebateu à altura afirmando que pelo menos ele sabe o que é o amor, ao contrário de Sila. #Auch!

A coisa ficou quente, parecia que o caldo ia entornar, mas eles acabaram se beijando de novo <3 Pena que a Sila logo percebeu que havia um retrato da Yezda na parede, bem de frente para o Boran, e como na noite anterior, ficou possessa! 

Enciumada, ela foi rapidinho ligar para o Emre e dizer que mudou de ideia sobre a fuga e está disposta a aceitar a ajuda dele para sair dali.

TODOS DE OLHO NA HERANÇA DE SILA

O primo da Sila voltou para uma nova visita de puxação de saco e levando presentinhos dessa vez. Queria que a prima lhe desse uma procuração para gerir os negócios que ela herdou em Istambul, mas a Sila, sacando logo as reais intenções de Burhan, rasgou o verbo e mandou o casal embora. 

"Só estão interessados é no meu dinheiro!"

#Nojenta!

Boran, percebendo que eles não prestam mesmo e que mudaram da água para o vinho com Sila depois de saber que ela é a única herdeira do casal que a criou, endossou o coro expulsando as visitas e ainda devolvendo os presentes.

Quer roubar minha mulher e ainda chamou
minha família de bando de selvagens interesseiros?
Cai fora!

Mas não é só a família adotiva da Sila que está de olho nessa herança gorda, o pai dela, Celil, e o irmão Azad também já estão até sonhando como vão empregar o dinheiro que não é deles.

Pensando aqui em como vamos torrar a grana da Sila

SILA DANDO NÓ EM BORAN

A Sila armou para se encontrar com o Emre. Levada por Azad para visitar a mãe, ela conseguiu com a ajuda de Bedar escapar umas horinhas para ir se encontrar como o cover turco de Michel Teló, mas não foi sozinha - teve que levar o irmão caçula de vela.

O moleque ficou só de olho nos dois, feito cão de guarda. Afinal, tava zelando pela honra da família, seguindo as tradições do sertão turco.

E BORAN PERDE O CONTROLE

Mas a Sila foi ingênua achando que poderia se encontrar num café com o Emre e que ninguém os veria e contaria ao Boran Aha. Pois é. Viram e contaram. E Boran ficou furioso, deixou a empresa correndo para tentar dar o flagra nos dois, mas por sorte não conseguiu.

E não conseguiu também controlar a raiva. Boran rumou para a casa e a medida que o tempo passava e Sila não chegava, mais a raiva aumentava. Quando viu a mulher chegando com Azad, já foi logo pressionando e querendo saber onde ela esteve, sem engolir a da visita à casa da mãe deles. 

Vendo o irmão ser pressionado até fisicamente, Sila interveio e confessou que foi se encontrar com Emre para passar uma procuração para ele gerir seus negócios em Istambul. Mas a essa altura, Boran já tinha tomado todas e, com a cabeça fervilhando de álcool, raiva e de ciúme, não aceitou bem a explicação de Sila.

No quarto, ele soltou todo o turbilhão de sentimentos acumulados e, numa atitude impensada, agarrou Sila e acabou por forçá-la a fazer amor com ele, para grande decepção desta que vos escreve... e eis que estragaram um personagem que vinha sendo incrível com uma atitude totalmente desnecessária e que contradiz tudo o que ele fez até aqui :(

Infelizmente, a romantização de estupros em novelas existe até os dias de hoje, em pleno século 21 (vide as mexicanas que adoram vira e mexe usar essa péssima ideia)! E não é por "Sila" se tratar de uma novela turca que se passa numa região distante e com costumes muito diferentes, e alguns até bizarros, que vamos passar o pano aqui. Esse foi um grande erro de escrita do personagem Boran, desnecessário, desfavorável ao enredo e à sociedade. 

Voltando à novela, certamente esse não é o cenário sonhado para a primeira vez de nenhuma mulher. Imaginemos para Sila, então, que caiu de pára-quedas num casamento indesejado com um desconhecido e num mundo cheio de tradições e costumes que são incompreensíveis para uma moça como ela, que foi criada numa grande cidade grande e com uma dose de liberdade desconhecida para a mulheres de Mardin.

Não dá para justificar a ação errada de Boran, ele pisou na bola e feio! Botou a perder todos os pontos que já tinha conquistado com Sila, jogou por terra o cavalheirismo que teve desde o início com ela - e justamente essas ações prévias de Boran é que provam que ele não é um sujeito ruim, de má índole... e justamente por isso não consigo admitir que o autor tenha sequer pensado em fazer Boran forçar a Sila!!! Mesmo com todo o poder que detém nas mãos, mesmo sendo pressionado e cobrado por todos os lados para agir sempre com dureza e aplicar os costumes de seu povo a todo e qualquer custo, ele não forçou Sila a ser sua mulher mesmo quando teve chances de fazê-lo antes (como na noite de núpcias e quando a própria Sila o convidou para se deitar com ela ou quando ela o beijou e ele poderia ter se aproveitado da situação e feito amor com ela bêbada). 

É por isso mesmo que causa tanta decepção a atitude dele dessa vez. Se antes, quando teve oportunidades, ele não fez nada nem parecido, por que logo agora? Pois é, as pessoas, por melhores que sejam, são falhas e às vezes se deixam levar por sentimentos não tão nobres... raiva, mágoa, e somando isso tudo ao álcool, piorou!

Longe de defender ou justificar esse ato abjeto do personagem, mas também é preciso ter em conta a forma e o ambiente onde Boran foi criado. Desde que nasceu esse homem foi moldado para ser um Agha (esta é a grafia certa da palavra, embora aqui a gente sempre escreva como se pronuncia), na sua cabeça foram instilados os costumes daquele lugar, então seria de se esperar que ele fosse um tremendo machistão. E ele nem é! Vimos diversas vezes que, apesar de seguir as tradições de seu povo, o Boran tem uma visão e um coração muito mais evoluídos e generosos do que da maioria do clã. E justamente por isso, eu insisto, é que não consigo entender como o autor da história teve essa ideia horrorosa que só queimou um personagem masculino que vinha sendo tão bem construído :/

Mas trata-se de uma novela e já sabemos que Boran e Sila formam o casal central, então é claro que ela vai acabar por perdoá-lo. Só fico triste por uma romantização de um negócio horrível que era altamente dispensável na história, que vinha caminhando muito bem até aqui. Ou seja, poderiam e deveriam ter passado sem isso, dava pra fazer os protagonistas brigarem por outro motivo, faltou criatividade e cuidado com os próprios personagens por parte de quem escreveu. O público tem todo direito de não gostar, de parar de assistir quem quiser, de criticar, enfim... cada um que julgue por sua própria cabeça, seus próprios princípios e padrões. O importante é não perder de vista que não se deve romantizar o estupro e ter sempre o senso crítico ligado na hora de assistir as coisas. 

Continuando, o Boran, apesar da pisada feia na bola, é um personagem que tem consciência e coração, então, quando ele acordou no dia seguinte e viu a besteira que tinha feito e a Sila chorando na janela, ficou arrasado. Tentou falar com ela, se aproximar e pedir perdão, mas ela estava ferida demais para escutar e o proibiu de sequer encostar nela. Errada não tá!

Entendendo a fragilidade do momento, Boran saiu de casa. Depois de quebrar o quarto, Sila entrou para o chuveiro e, enquanto ela chorava e se esfregava, sentindo-se suja, Boran foi se auto-flagelar num campo deserto, chorando e se culpando muito pela tremenda burrada.

Chorar e chorar

Buscando consolo no colo da mãe, Bedar, mesmo sem contar o que havia acontecido, Sila acabou ouvindo uma lição valiosa graças a sensibilidade da mulher que lhe deu à luz: ela é esposa do Aha, portanto, a Senhora Aha, a que deve ser respeitada por todos, ficando sua palavra apenas atrás da palavra do próprio Aha, e ninguém deve diminui-la nem fazê-la chorar. Assim, a nossa mocinha virou o jogo e já mostrou as cartas quando Boran apareceu na casa dos pais para buscá-la.

Eu não sou a Senhora Aha? Me respeite! 

No caminho de volta para casa, Boran parou o carro na estrada e saltou, aproveitando o momento a sós para implorar o perdão de Sila.

"Sila, grite comigo, me insulte. Eu sei que o que eu fiz não tem desculpa, mas vou fazer de tudo para conseguir o seu perdão."

É, Boran... é bom começar logo. E chorar assim de arrependido é só o começo. 

A SENHORA AHA

Assumindo sua posição de mulher do Aha, principalmente porque agora ela realmente o é, Sila já começou a ouvir seus "súditos" e a tentar ajudá-los. 

Começou pelo caso de Ibrahim, um homem que foi bater às portas do Chefão Boran em busca de apoio para pedir a mão da moça que ama em casamento - justamente a irmã do Abay, melhor amigo do Aha. Embora o marido tenha dispensado Ibrahim sem sequer ouvi-lo (porque já sabia do que se tratava), Sila o chamou para dentro e escutou sua história com atenção. 

Comovida, ela decidiu ajudar e  pediu a Boran que intercedesse pelo sujeito. Mesmo certo de que isso não ia funcionar, e não por causa da diferença religiosa entre Ibrahim e a irmã de Abay, Boran acabou concordando e acatando o pedido de Sila - também, ele já tá mal na fita com ela e querendo ganhar seu perdão, não teve como se recusar.

Na casa do Abay, vimos o contraste de uma casa cristã em comparação com as casas dos muçulmanos da novela. Sila, toda bem intencionada, foi conversar com a Gulsum (esse é o nome verdadeiro da personagem, embora a dublagem tenha mudado para outro totalmente diferente!). 

A conversa não deu em muita coisa pois a moça mal abriu a boca. Até que, de volta à sala onde todos estavam, Sila percebeu que o problema da Gulsum era que ela estava interessada em outro... e esse outro era o Boran.

Sentindo que foi feita de besta, ao chegarem em casa Sila soltou os cachorros em cima do Boran, acusando-o de saber que a moça era interessada nele e, mesmo assim, tê-la deixado fazer um papelão.

Com tanto desentendimento, a ideia de fugir voltou a rondar a cabeça de Sila e ela foi se abrir com o irmão, Azad, sugerindo que eles fugissem levando Narin para Istambul. 

Azad não gostou da ideia e deixou bem claro que Sila devia esquecer os planos de fuga ou, do contrário, ele mesmo ia executar a irmã por descumprir o pacto como manda a tradição.

CRISE HÍDRICA EM MARDIN

A coisa ficou feia lá para os lados do deserto e duas famílias resolveram brigar por conta de uma nascente de água. Além desse "detalhe", essa galera ainda tinha uma desavença histórica, o que só complicou mais a situação. 

Procurando o Aha para resolver o drama, durante a reunião houve um momento em que o clima esquentou e os rivais sacaram suas armas, forçando Boran a tirar a pistola da cintura e dar um tiro pra cima, pondo ordem na bagunça.

Sila, que estava espiando tudo do terraço, ficou horrorizada. Mas Ayce, a criada que é fã número 1 do Aha, fez questão de explicar para a patroinha como as coisas funcionam por ali. Fato é que a Sila ficou preocupada pela segurança de Boran, mas acabou percebendo que ele tinha as coisas sob controle, mesmo não concordando com o uso de uma arma para a intimidação dos baderneiros.

Batendo o martelo na questão da água, Boran acabou decidindo que as família deveriam dividir o recurso, o que, claro, não agradou a todos os envolvidos. 

EM BUSCA DO PERDÃO DE SILA

Vimos que Boran continuou tentando merecer o perdão da mulher. Num gesto bonito, ele enviou uma rosa junto com um de seus pombos até a varanda do quarto para Sila, mas era óbvio que a coisa ia ser bem mais difícil do que isso, Mister Aha...

Sila jogou a rosa fora ao perceber a tentativa de Boran e depois deixou claro que ele não tornasse a usar os animais para pedir seu perdão.

Não vai ser tão fácil, bonitão

CONSPIRANDO CONTRA BORAN

Já tínhamos visto em outros capítulos que o primo de Boran, o Dihan, é um invejoso, além de ter ficado com muita raiva do Aha depois da confusão toda envolvendo a tentativa de fuga da Sila, quando ele passou por mentiroso e ficou desmoralizado na família.

Eis que a vingança de Dihan está vindo aos poucos. Um desvio de carga da empresa aqui, um atiçamento das famílias que brigam por água ali, e ele já conseguiu colocar a autoridade de Boran em dúvida.

Depois de exercitar uma influência sobre a cabeça do pai, Dihan conseguiu mais um aliado para questionar o compromisso do Aha com as tradições. Falando com o pai de Boran, o pai de Dihan conseguiu deixá-lo balançado também com o argumento de que o jovem chefe do clã não vem agindo conforme manda o figurino e quer ser moderninho demais nas decisões. 

E dá-lhe pressão pra cima do Boran! O pai chamou sua atenção e acabou fazendo com que ele voltasse atrás na decisão sobre a água. Depois disso, o negócio ficou feio e houve até mortes entre as famílias que disputam a nascente, o que enervou o Aha e com toda razão: afinal, para que ele é o juiz então, se decide uma coisa e os anciãos do clã questionam e pedem que decida diferente?

NARIN PASSA MAL

Depois de ser desmoralizado pela sogra na frente da mulher e da irmã por uma decisão que tomou sem consultar o Aha, Azad acabou saindo de casa e na mesma noite Narin passou muito mal. Tanto que Sila teve que ir a uma festa buscar Boran para levá-la ao hospital.

A triste notícia é que Narin estava grávida e teve um aborto espontâneo, provavelmente provocado por estresse emocional. Quando soube que a mulher estava internada, na manhã seguinte, depois de curtir um belo porre, Azad foi correndo para o hospital e, ao saber da notícia infeliz, acusou a sogra de ter causado tudo isso.

Foi assim que Azad mudou de ideia sobre a proposta de fugirem com Sila para Istambul e avisou à irmã que já podia começar a tomar as providências. 

REAPROXIMAÇÃO

Enquanto se recuperava, Narin pediu para ir visitar o túmulo da avó e, enquanto esperava a cunhada e o irmão, Sila viu uma cabritinha perdida no meio de um campo e, comovida, resolveu ir ajudá-la. O que a nossa protetora dos animais não viu foi a placa "Campo Minado" que havia ali... S.O.S!

Numa cena tensa, quando viram que Sila estava encrencada, Azad e Narin gritaram para que ela não se movesse, mas Sila não conseguia entender o que eles diziam. Até que apareceu o herói Boran e ela enfim compreendeu o tamanho do problema! 

Com muito cuidado, ele foi avançando na direção dela, jogando pedras no caminho para tentar evitar os explosivos. E teve sucesso. Até que, no meio do trajeto, uma mina explodiu, jogando-o longe.

Desesperada, Sila pensou que Boran tivesse morrido. Mas pouco depois ele tornou a se mover e disse a ela para se acalmar. Quando finalmente se aproximou, ele prometeu guiá-la de volta em segurança.

Mesmo paralisada de medo no princípio, Sila acabou confiando no marido e eles saíram dali sãos e salvos com a cabritinha.

Ufa! Foi por pouco!

Em casa, enquanto Boran se recuperava do ferimento causado por um estilhaço do explosivo, Sila se deitou ao lado do marido na cama e eles conversaram amigavelmente sobre o caso de Ayce, a criada que cuida da Senhora Aha. 

É que a moça tem um jovem pretendente com quem gostaria de se casar, mas a família dela escolheu um velho rico em vez do moço que é pobre e não tem dinheiro para pagar o dote. Foi então que Sila pediu a Boran que ajudessem Ayce com esse problema para que ela possa se casar com o rapaz que ama.

Ao receber um sim de Boran, Sila se derreteu e o abraçou com carinho e gratidão. 

Uma cena muito bonita, onde vimos um Boran sem jeito, a princípio, sem conseguir acreditar na dádiva de ter Sila a abraçá-lo, mas logo uma carinha de felicidade tomou conta dele, que correspondeu lindamente ao gesto.

Parece que esses dois estão no rumo certo para se entenderem. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos e acompanhar o desenvolvimento dessa complicada relação de amor entre Sila e Boran.


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