REVIEW: Yalnız Kurt
REVIEW:
Nos 10 primeiros minutos do primeiro episódio já fica claro que não é uma série para todo mundo nem para qualquer um. A narrativa não é linear, há avanços e recuos no tempo; há muitas cenas de violência física e psicológica (algumas bem fortes, como uma criança sendo literalmente jogada/atirada num barranco) 🚩
Yalnız Kurt é uma série eminentemente masculina - o que não quer dizer que algum público feminino não possa se interessar em vê-la, apenas que não é o tipo de show que costuma atrair a maioria das mulheres. E isso se deve aos temas abordados como espionagem, terrorismo e violência, e o que expõe ainda mais essa característica da série é o fato de que quase a totalidade do elenco é composta por homens, e, embora ainda não seja possível prever se essa composição vai se alterar ao longo dos episódios, não parece ser o caso.
Existem, sim, muitas séries de ação, até com maioria de homens no elenco, e que jogam com outros elementos que as tornam menos pesadas para o paladar feminino, vamos dizer assim. No caso de Yalnız Kurt não existe essa suavizada e isso fica claro logo de entrada. Pooode até ser que mais para a frente, com o desenvolvimento da trama e a depender dos índices de audiência, os roteiristas apelem para algumas mudanças como um romance ou a entrada de outras personagens femininas, mas por enquanto não temos nada disso.
A série também joga muito com a exaltação da pátria, ingrediente que somado ao combo tiro-porrada-e-bomba tem tudo para agradar o gosto da audiência turca para esse tipo de show - predominantemente masculino!
Com pouco mais de 2h e 15 minutos de duração, o episódio de estreia narra, basicamente, a história de um homem mais velho chamado Davut Bahadır (Cihan Ünal) que em sua juventude trabalhou para o exército turco investigando traidores da pátria que trabalhavam como espiões para o estrangeiro.
Durante essa mesma época, Davut apadrinhou alguns meninos órfãos cujos pais eram patriotas que foram assassinados e, anos mais tarde, quando dois desses garotos se tornaram adultos, também dedicados nessa mesma devoção ao país, acabaram como seus pais, exterminados pelos inimigos.
O sobrevivente desse massacre mais recente é um garotinho, inicialmente salvo da morte por um lobo, e que posteriormente Davut vai proteger (esse menino era filho de um dos seus antigos protegidos que foi assassinado!).
Por questões de segurança, o menino assume uma nova identidade e passa a se chamar Altay Kurtoğlu (Hasan Denizyaran).
Quando adulto, vemos esse garotinho transformado num homem que de noite é lutador de vale-tudo e se envolve por acaso com uma misteriosa mulher chamada Esra (Damla Colbay) tentando ajudá-la a escapar de uma perseguição e, paralelamente, proteger a filhinha dela, uma garotinha por volta de 7 anos chamada Ela.
Esra parece ser uma espiã ou pelo menos ter se envolvido em algo assim. De algum modo ela se viu forçada a estar com um homem chamado Doğan (Murat Han) de quem ela tem medo e tudo indica que ela está com ele para proteger a filha pequena que vive num colégio interno.
Enfim, a trama é bem complexa e difícil de explicar numa simples review, mas bem resumidamente é isso. Como o núcleo principal parece que vai ficar a cargo dos personagens do velho Davut como um orientador/guia e seu pupilo Altay, o foco do meio do episódio em diante vai para o envolvimento de Altay com a Esra e toda a confusão que se segue.
Altay ajuda Esra a escapar de Doğan, o homem com quem ela estava vivendo contra sua vontade, mas a moça acaba sendo alvejada e morrendo. Porém, como deu sua palavra, Altay ainda vai em busca da filha dela quando é surpreendido pela aparição de uma mulher igualzinha a Esra... 😮 mas, como seria possível se ela acabou de morrer❓ 🤔
Enfim, minha curiosidade para ver esta série se resumiu basicamente à atriz Damla Colbay, que aqui vemos em uma atuação mais madura e surpreende com uma participação aparentemente pequena, mas que vai crescendo e até o final do episódio se revela promissora de algo mais extenso no decorrer do show. Talvez eu prossiga vendo os próximos episódios por causa dela, já que a trama em si não conseguiu me prender.
Para quem gosta de séries de ação bem masculinas, com uma linha narrativa trabalhada nos flashbacks e complexidade no enredo, então Yalnız Kurt pode ser uma boa opção.
Lab Girl ✍
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