Sila - Review 1º Capítulo
Para os que estão curiosos sobre a novela anunciada pela Band como a substituta de Fatmagul, resolvemos assistir ao primeiro capítulo e fazer uma review sobre.
ATENÇÃO! O que segue abaixo é um resumo do primeiro capítulo de Sila, portanto, aqueles que não gostam e/ou não querem spoilers devem parar de ler agora.
Pois bem. Vimos o capítulo de abertura da novela. É muito complicado julgar uma telenovela só por um capítulo, mesmo que seja o primeiro, como é complicado julgar um livro pela capa. Mas, se a primeira impressão nos diz alguma coisa, neste caso ela nos diz que “Sila” é uma trama beeeem diferente do que estamos acostumados a ver. Pode-se mesmo dizer que é meio surreal.
Tudo começa por obra e graça do papai da Sila, um senhor chamado Celil que é um sujeito bom camarada - só que não mesmo! Quando a filha ainda era pequena, ele a vendeu a uma família rica de Istambul. Durante anos, a menina foi criada por um casal abastado com todo luxo, mimos e confortos que o dinheiro pode comprar; e também carinho, não vamos ser injustos. De quebra, o pai de Sila ganhou uma mesadinha para custear a família que ficou sob sua responsabilidade, vivendo em Mardin.
E, como um fruto nunca cai muito longe da sua árvore, Sila tem um irmão chamado Azad que parece ter puxado a malandragem do pai; o sujeitinho gosta de uma moça chamada Narin que é ninguém menos do que irmã do homem que é dono da cidade, por assim dizer. O espertinho #sóquenão, tenta fugir com essa moça, mas acaba sendo encontrado pelo irmão dela. Segundo manda a tradição lá naqueles cafundós da Turquia, que mais parece inserido em outra época e num outro mundo, quando acontece algo assim (um sujeito levar uma moça de família sem consentimento dos pais e/ou responsáveis por ela e sem casar), o que se deve fazer? Lá nesse universo paralelo, temos algumas opções:
a) a família da moça levada de casa tem que matar o rapaz que a levou para o mau caminho;
b) o rapaz que tirou a moça do seio da família tem que se casar com ela e a família do "sequestrador" da donzela deve dar uma de suas filhas para a outra família numa espécie de pacto que, se descumprido, deve obrigatoriamente terminar em derramamento de sangue.
Eita, que não tá fácil escolher, né?
Pois bem, essa missão de decidir os destinos da própria irmã e do rapaz por quem ela se apaixonou fica nas mãos do protagonista desta história.
Este é o ator Mehmet Akif-Alakurt, ex-modelo da Lacoste
Boran. O galã. A melhor coisa do capítulo e, pelo visto, dessa trama rocambolesca. O novo gato turco que vai mexer com a cabeça e os hormônios das brasileiras… opa, pera! Voltando ao foco aqui, sorry.
Boran é um viúvo que não superou a partida da mulher e ainda sofre por isso. Ele é o herdeiro e dono de tudo que tem no povoado de Mardin, e uma espécie de “chefe da tribo”, de modo que ocupa uma posição de destaque por ali e também no seio de sua própria família, sendo o grande responsável por resolver os conflitos e mostrar pulso firme. Acontece que, apesar da fachada de durão e da reputação que ele tem a zelar, o galã tem bom coração. Assim, ele não quer matar o irmão safado da Sila, e a única opção que lhe sobra nesse mundo paralelo em que vivem os personagens, é se casar com uma das mulheres da família do danadinho do Azad. Assim, as famílias ficam quites.
É assim que, a princípio, a irmã mais nova da Sila, de doze anos, é a prometida. Mas aí o papai delas, o senhor Celil, milagrosamente se lembra de que tem outra filha, justamente a Sila, que vendeu para a família rica de Istambul. Ah, então ficou fácil de resolver o impasse. Ele e Azad, o filho que armou toda essa quizumba, baixam lá na porta dos ricaços pedindo que a Sila vá até o povoado onde vivem para ver a mãe biológica, que está desenganada – uma baita mentira, claro.
Para entender melhor essa história de como a Sila foi viver com outra família: na época, o pai dela usou uma desculpa de mandar a filha ser tratada na cidade grande, pois havia um surto de doença no lugarejo onde eles viviam, e, logo depois, disse à mulher que a menina tinha falecido. Agora, com a corda no pescoço por causa do filho Azad, ele confessa a verdade à esposa e diz que vai trazer Sila de volta para eles e, de quebra, para se casar com o senhor Boran no lugar da caçula.
Já o casal que adotou Sila como filha também teve sua cota de engano. Isto porque o marido nunca disse à esposa que pagava mês a mês um dinheiro para a família da Sila para não correr o risco de que fossem buscá-la de volta. Mas a dona fica sabendo disso com a visita surpresa do pai biológico da protagonista da trama, e fica mal por saber que viveu uma mentira esses anos todos, acreditando na palavra do marido de que os pais biológicos da menina tinham morrido.
É bem nessa hora que a Sila está chegando em casa da rua e descobre que seus dois pais estão bem ali, diante dela. A moça fica um tantinho abalada, como seria natural, já que sabia ser adotada mas achava que os pais biológicos tinham morrido. Mas ela não fica com raiva dos pais adotivos por terem escondido a verdade, e como é uma boa moça, acaba aceitando ir com o pai biológico conhecer a mãe verdadeira.
Sila viaja na companhia dos dois pais - sim, porque o adotivo faz questão de ir junto, né, vai que a moça criada com todo o luxo na cosmopolita Istambul se encanta com a simplicidade e os costumes rústicos do povoado onde ela nasceu e resolve nunca mais voltar? – e eis que no caminho ela já conhece o seu futuro galã.
Pausa aqui para destacar a cena do moço sem camisa! E pelo que apuramos ele vai se exibir assim outras vezes ao longo da trama!
Esquentou!
É que Silinha estava com sede e o motorista resolveu parar na beira da estrada, justamente onde existe uma fonte, e nessa mesma fonte está Boran. É aí que os dois se vêem pela primeira vez, sem saber quem são e que estão destinados a se casar.
Para dar o toque de romantismo, Sila fica encantada com umas flores que Boran colocou perto da fonte e se interessa em comprá-las, mas ele diz que não estão à venda. No final, ele acaba cedendo e dá uma das flores para Sila, que a guarda dentro de um livro. Destaque para a graça da cena: ela pensando que ele é um sujeito pobre, oferecendo dinheiro pela rosa e ele rejeitando, sendo que nenhum dos dois tem ideia de com quem está falando.
Ok, ok. Avançando. Sila chega a sua casa e conhece a família de origem. A mãe desmaia de emoção ao vê-la, reforçando a ideia de que está muito doente e por isso mandou chamá-la. Apesar de ficar constrangida com tanta atenção por parte de pessoas que são desconhecidas para ela, Sila decide ficar mais alguns dias enquanto o pai adotivo volta para Istambul para cuidar dos seus negócios – não antes de Sila convencê-lo de que já é crescida o bastante para tomar suas próprias decisões, o que faz o pai adotivo enfiar a viola no saco e aceitar que ela fique por conta própria com a família biológica por mais um tempinho.
Sila se dá muito bem logo de cara com a irmãzinha e o irmão mais novos e com a cunhada, a Narin que o irmão mais velho e inconsequente de Sila resolveu levar embora de casa, causando a confusão em que ela acabou metida e ainda nem sabe. Narin, como não podia voltar para a casa da família, foi acolhida pela família do noivo, Azad, com quem está prestes a se casar, inclusive os preparativos do casório estão de vento em popa. O que a bobinha da Sila não sabe é que vai ser um casamento duplo e ela é a outra noiva.
A coisa fica estranha mesmo quando, no dia da boda, ela se veste de noiva também e é acompanhada pelo senhor Boran, acreditando que tudo faz parte das tradições de casamento daquele lugar #SabeDeNadaInocente
Aqui cabe um parênteses para dizer que antes do dia da boda, Sila e Boran se viram mais umas duas vezes, sendo que, na segunda, ela perde um dos brincos que fica com ele, e é aí que ele descobre que ela é a sua futura esposa ao ouvir um dos irmãos chamá-la pelo nome. Se antes ele estava resistente à ideia de se casar, agora nem tanto.
Sila é a última a saber. Sério mesmo. Ela participa do ritual do casamento como se nada, chega até a dançar com o noivo numa mostra de que conhece as danças típicas locais.
Tá vestida de noiva e não sabe que tá casando? Hein?! Pera!
Só o que ela não conhece, pelo visto, é como funciona um casamento. Com uma desculpinha frouxa ela é levada pelo irmão Azad até uma sala onde estão os que devem ser os equivalentes a juiz e testemunhas. Nessa hora, ele espertamente diz que a irmã está muito emocionada e pede que eles saiam por um minuto a fim de que ela se acalme. E Sila só percebe que tem algo muito errado acontecendo quando o irmão tranca a porta e saca uma arma da cintura, dizendo que ela precisa se casar com Boran ou, do contrário, ele e a noiva e a família toda vão morrer. TARAN! Pois é, o capítulo termina com esse ganchão.
A trama é meio surreal, como dito no começo, e talvez nem todo mundo se interesse por acompanhá-la logo de cara. Pode ser que, com o passar dos capítulos e o desenvolvimento da história, a novela fique mais interessante, mas não é uma trama que logo de cara mostra a que veio. Os espectadores de Fatmagul estão acostumados a uma trama ágil, capítulos com fortes emoções, e pode ser que não curtam muito esse comecinho de Sila.
Reiterando aqui que não podemos julgar sem ter visto um pouco mais dessa novela, mas as primeiras impressões foram essas. Uma história muito diferente do que estamos acostumados a ver, um ritmo não tão ágil e que pode dificultar a aceitação de parte do público. Mas vale conferir pelas belas paisagens e, sem dúvida nenhuma, pelo belo galã da trama. Para alguns a mocinha pode não ser tão bonita quanto Beren Saat (é mais trabalhada na maquiagem), mas beleza, afinal, é uma questão de gosto e existe de todos os tipos. De qualquer maneira, pode ser que com o tempo a personagem Sila ganhe a simpatia dos telespectadores. Só mesmo vendo pra saber.
No começo vai ser difícil de curtir se formos ficar comparando com Fatmagul, uma trama mais moderna e cheia de ação; ao que parece Sila é uma história de puro romance, sem as agitações investigativas de sua predecessora. Mas muita gente também não dava nada por Fatmagul no comecinho (como esta que vos escreve) e acabou se apaixonando a medida que a história foi tomando corpo e se mostrando mais e mais interessante. Então, vamos dar uma chance à Sila. E passar do primeiro capítulo é um bom começo.
É bem provável que a Band fracione esse 1º capítulo em 2 ou 3, já que vai conjugar a estreia de Sila com os últimos capítulos de Fatmagul.
Fonte das imagens: google
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